Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2011

A casa dos fundos.

Página 82. Exatamente após uma semana de minha visita, entrei no MSN para me distrair, isso porque nem 'tragédia' em mim estava conseguindo fazer. Assim que fiquei Online , Richard veio falar comigo. Richard diz : Sophie? Sophie diz : Oi. Richard diz : Tudo bem? Sophie diz : Tentando ir. E você? Richard diz : Tudo bem. O que está fazendo? Sophie diz : O de sempre. E você? Richard diz : Nada? (Risos) Quer fazer algo? Sophie diz : O que? Me jogar de um edifício? Seria boa a adrenalina! Richard diz : Engraçadinha. Estou falando de outra coisa. Quer ser minha namorada por uma noite? Meus olhos quase não acreditaram no que viram. Seria miragem? Meus batimentos cardíacos dispararam. Será que ele estava sentindo minha falta? Ele precisava ser mais claro! Sophie diz : Como assim? Richard diz : Relembrar os velhos tempos ué. Sophie diz : Mesmo? Richard diz : Sim! Mas eu estou falando relembrar de tudo, se é que você me entende (6) Sophie diz : Tudo? Richard diz: É, tu

A casa dos fundos.

Página 81. E nada! Nada aconteceu. Era inacreditável, qualquer outra pessoa com uma dose de remédio errado teria morrido. Mas eu? Continuava lá, inutilmente viva. Passei aqueles dias de maneira torturante. No 4º Dia, encontrei-me dentro do banheiro, cortando minha pele com uma lâmina. Sangrei demasiadamente. Mas foi só. Imortal? Sorte? Para mim era azar. Viver doía mais do que qualquer coisa que eu tentasse fazer contra mim. Não estava entrando no Messenger, porque toda vez que entrava ele vinha falar comigo, não por saudade. Apenas porque queria manter certa amizade impossível na época, porque era cruelmente crucificante fingir que nada havia acontecido. Após uma semana ele me procurou. Vi um recado dele no Orkut de meu cunhado, apaguei. Eu não consegui me fazer mal fisicamente, então queria que ele sentisse minha ausência. Imaginasse que coisas ruins poderiam ter acontecido. Mas não agüentei. No sábado, daquela mesma noite, dei um jeito de inventar mentiras para meus pais e a 00h0

A casa dos fundos.

Página 80. " DEEIXA EU FALAR COM ESSA MEENINA AGOOORA! " - Filha, onde você tá?  - Na casa da Duda! - Para de mentir! Você quer matar sua mãe? - Não to mentindo. - A Valerie acordou 6horas e você já não estava em casa. - É porque sai cedo. - E esse barulho de carro? - É porque já estou indo para a escola. - Você não vai pra escola, vem pra cá agora! - Mais Mãe.. - Sem mais! Estou te esperando garota! Tutututututututututu ... E desligou, desabei a chorar.  Além de todas as fatalidades que a vida tinha me preparado, eu ainda teria que enfrentar minha mãe. Imprestável demais até pra morrer, mas persistente quanto a isso. Fui para a casa com o coração na mão, de maneira figurativa, ênfase no óbvio. No posto de gasolina que ficava perto, ela já estava lá. Com o ódio transbordando pelo seus olhos. Me puxou pelo braço sem falar nada. Ao chegar em casa, tribunal. Interrogatórios, manipulações, apelos! Me fez confessar tudo, e após prantos de transbordagens de senti

A casa dos fundos.

Página 79. Fui acordada por um cobrador, de cabelos brancos.. - O ônibus já está saindo. - Não tenho dinheiro da passagem. - Onde você desce? - No terminal capelinha. Ele ficou pensativo, queria ajudar, mesmo sem eu pedir ajuda. - Não tem problema, pode entrar. Era em torno de umas 5h40 da manhã, anestesiada pela dor, aceitei a carona, pra talvez ficar por perto caso Richard quisesse salvar minha vida. Ao entrar no ônibus, o cobrador perguntou.. - O que você esta fazendo por aqui essas horas? - Eu  não sei.  - Cadê seus pais? - Estão dormindo. Seu olhar demonstrou ternura e carinho.. - Vai, senta aí e dorme, no ponto final eu aviso. ZzzzZZZzzzZZzZZzZZ [...] - Moça, já chegou!  Tentei sorrir.. - Obrigado. Saindo do terminal, meu rumo não era a casa. Focalizei meu pensamento em locais perigosos. Eu precisava sentir algo mais forte que a dor: Adrenalina. Fui pra uma das ruas mais perigosos do bairro. Sentei no chão e ali fiquei. Todos me olhavam, alguns carros quase p

A casa dos fundos.

Página 78. [...] Após o ato de conexão errônea, eu esperava carícias, e tudo que recebi foi um sorriso. Levantou imediatamente e se trocou, foi direto pro computador e a partir daquele momento fingiu que estava sozinho. Toda essa complexa situação durou até as 4h00, quando sono envolveu-se nele, e este foi dormir. Na beliche de cima, sem espaços para companhia. E as suas ultimas palavras antes de descansar foi.. - Boa noite. Fecha a porta quando sair. Foi o ponto crucial, quando percebi que foi uma ida sem volta. Abismo de sentimentos ruins. Descontrolo. Surto! Com a aguda pontada que deu-se em meu peito, deixei apenas uma carta antes de partir.. “ Querido Richard, quero que saiba que você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Tudo que aconteceu entre nós, para mim será eterno. Você me ensinou a ser eu mesma, sem medo de conseqüências, me ensinou a ser amada, e a não ter medo de amar. Carinho e felicidade eu só encontrei em você. Eu sonhava com uma vida ao teu lado, o

A casa dos fundos.

Página 77. “ Richard diz : Meu, não tem mais volta! Não dá mais pra empurrar com a barriga, assim que ela entrar eu vou acabar com toda essa farsa que ela chama de namoro. Letícia diz : Mas, e se der só um tempo? Pensei que você gostasse dela! Richard diz : Eu também pensava isso, mas parei de pensar á muito tempo.  Letícia diz : Então porque não terminou antes, para não deixá-la tão iludida? Richard diz : Porque eu tinha dó.” Implorei de maneiras mútuas por mais ajuda, porque eu não tinha muitas opções, mas Letícia fez descaso e eu percebi a má vontade. Deixei-a de lado, meu foco era na minha felicidade. Sem saber direito o que, pra quê, ou o quê, na madrugada do dia 21 para o dia 22 de fevereiro, fui até a casa de Richard. O plano era tê-lo de volta, e depois ir direto pra escola, por isso já fui uniformizada. Na mente, inconsciência. Cheguei lá e o portão do quintal estava trancado, o "testosterona" me fez pular. Bati na porta de sua casa de maneira insistente, até

A casa dos fundos.

Capítulo III Fragmentação. Página 76. Em um temporal de uma tarde de domingo, fui á casa dele, junto com a Letícia para vê-lo. Queria conversar, receber carinho, resgatar o que quase já tínhamos perdido por completo. Chegando lá, ele me deu um selinho e não me deu mais nenhum tipo de atenção, também não nos convidou pra entrar. Estávamos na loja de doces, e na frente de sua tia, e seu primo, conversava em códigos com Letícia enquanto não estava olhando, sei disso porque em uma das vezes que eu virei, ele não conseguiu disfarçar totalmente. Perguntei á ela.. - O que ele está te falando? - Não é nada, não entendi. - Ah. Não acreditei em suas palavras, ela não era boa de blefe. A chuva aumentou quando começou a escurecer e Letícia foi embora. Aproveitei o tempo que tive para tentar amansar Richard, mas enquanto eu o abraçava ele permanecia de braços cruzados. Eu lhe dava selinhos, ele não mexia a boca. Meus olhos brilhavam ao vê-lo, os dele, era como se não estivessem vendo na

A casa dos fundos.

Página 75. Meu coração disparou de uma maneira tão intensa que eu pensei que iria ter um infarto. Eu não sabia na verdade o que faria se encontra-se ele beijando alguma garota, e nem consegui pensar em algo. A estratégia da impulsividade foi tão forte que assim que as palavras de Letícia terminaram de ser pronunciadas eu, abri a porta e fui andando o mais de pressa possível, e ao virar a esquina, avistei a seguinte cena: O amigo de Richard beijando uma garota, e ele com a outra: conversando, um bem perto do outro apenas, - apenas tudo isso – continuei indo em sua direção, e quando Richard me avistou seus olhos se arregalaram de maneira que foi impossível disfarçar, ele se afastou da menina e olhou para o lado, nervoso. Tentei controlar a situação, mas nunca fui boa em fazer isso.. - O que você está fazendo aqui? - É que o Iguinho ia ficar com a menina e ele me chamou pra esperar ele. Esperar? Não fazia sentido! Richard morava em frente à escola pra que iria esperar alguém? Ah! Ou

A casa dos fundos.

Página 74. - O que? Como assim? - Não entendeu, ou quer que eu desenhe? - Richard! Para! Eu não disse nada demais, eu não fiz nada pra você estar assim! Ele se levantou.. - Quer que eu te acompanhe até a porta? - Nossa! Estou vendo a saudade que você estava de mim. Não se deu ao trabalho de me responder, apenas colocou uma camisa e ficou em pé, me olhando fixamente. Eu levantei, tentando amansá-lo, sem contrariar, mas dar a volta na situação. - Tá bom, eu vou embora.. Mas, você promete trazer o meu Richard amoroso de volta? Ele revirou os olhos. - Hein amorzinho? Comecei a fazer cosquinhas nele.. Queria fazê-lo rir, descontrair, queria quebrar aquele clima horrível, queria receber carinho. Mas parece que foi a pior idéia que pude ter, assim que encostei meus dedos nele, ele me empurrou de maneira brusca. E em seguida gritou: - PARA GAROTA! Sem reação, foi tudo que não senti naquele momento. Meus olhos derramaram lágrimas 'vazias', porque o espanto era tanto que as

A casa dos fundos.

Página 73. - Tá bom, eu volto com você. Pense no sol mais radiante de toda primavera. Em uma competição com o brilho dos meus olhos naquele momento, o sol perderia. - Sério? Richard.. Nossa! Rich.. Meu Rich outra vez! Você me deixa sem palavras! Senti a liberdade explodindo e a mão dele me resgatando de todo o abismo em que eu me encontrava. Vários selinhos foram trocados e beijos estridentes também. O resto daquela noite não poderia ter sido mais perfeita. – pelo menos era o que eu achava - Entreguei-me a ele de corpo e alma sem medo do amanhã. Quando o relógio marcou 6h00 liguei pra Anny e ela me acolheu em sua casa. Contei todos os detalhes da noite que se passará e finalmente fomos dormir. Dali pra frente meu relacionamento com Richard se tornou complexo. Eu percebia que ele estava se esforçando para me dar carinho, mas não via sentimento. É como se ele fizesse apenas por mim, e não por ele. 1O de fevereiro de 2O1O – Eu ia viajar. Época de carnaval e eu e meus pais íamos p

A casa dos fundos.

Página 72. - Espero que tenha tocado em seu coração também. Silêncio outra vez. E assim ficou por um bom tempo, até que meus ouvidos escutaram um chamado que pra mim foi surreal. - Sophie, deita aqui comigo? Eu não consegui hesitar. Eu o amava e estar tão perto dele era indispensável. Desliguei o computador, levantei e fui. Surgiu um clima estranho, porque fiquei sem jeito de estar ali, tão junto á ele. Permaneci meus olhos na televisão, e não sabia o que esperar. Mas não precisei esperar nada, porque Richard de repente estava com o rosto colado ao meu, sua respiração interferindo a minha, e seus olhos penetrando em meu olhar. Eu não resisti, e não quis saber se o teria de volta ou não, tudo que queria era o beijo envolvente, carinhoso e cheio do qual eu sentia tanta falta. E então, apenas encostei meus lábios nos dele, e ele me beijou. Me descontrolei, porque eu não queria que aquele momento se acabasse. Entreguei toda minha intensidade aquele beijo e meu coração ficou "ape

A casa dos fundos.

Página 71. No momento em que li sua pergunta, torci para ele não responder. Dizem que verdade dói, e naquele momento iria doer mais do que nunca. Ele pediu educadamente.. - Sophie, vira o rosto pra lá e fecha o olho? - Por quê?  -  Não quero que você veja a resposta. A única coisa que consegui pensar foi que suas palavras seriam ruim demais, e talvez no fundo ele sentisse pena do sofrimento que causava em mim. Eu estava tentando evitar tudo que me fazia mal, então nem precisei de explicações. Apenas virei meu rosto e permaneci com os olhos fechados. Depois do sinal indicando que já podia me virar, Letícia enviou o seguinte recado: Letícia: Sério?  *-* Então porque você não volta com ela? Eu confesso que reprimi meus pensamentos para não criar esperanças demais. Mas já era tarde, a curiosidade esperneava dentro de mim.  Perguntei.. - O que você respondeu? - Nada demais. Eu sabia que ele não iria falar, então, pra ser mais prática peguei o mouse da mão dele e fui direto aos

A casa dos fundos.

Página 70. Letícia : Agora? Mas e minha mãe?  Sophie : Sei lá, inventa algo pra ela, que eu estou doente, brigada com minha mãe não sei. Desculpa, é que pensei que tudo iria dar certo, mas ele já me expulsou antes mesmo de eu terminar de pensar. Letícia : Ok, vou ver aqui o que posso fazer! Sophie : Muito obrigado Lê. Enquanto esperava, Richard voltou com Lauren, seu olhar demonstrava um ar de deboche para minha situação. Mas ela tinha um coração bom. - E aí Sophie, vamos? - Ah não! Não precisa Lauren. Richard se intrometeu. - Ela quer é dormir aqui. Mas nem que eu bote ela pra fora! - Eu não quero dormir aí! É que.. Eu já tenho lugar pra ficar, estou falando com a Letícia aqui pelo Orkut. - Aé?  - É sim! Lauren duvidou. - Deixa-me ver então! Era torcer pra ter dado certo..  Mandei um recado para Lê. - E aí? Imediatamente ela me respondeu.. Sorte x Destino? Ou Coincidência? - Minha mãe deixou, pode vir. Eu disse á ela que você estava chegando de viagem. Não

A casa dos fundos.

Página 69. Sínica e receosa, me contradiz e ousei. - Oi Richard. Eu confesso que meu coração esperava um abraço caloroso de quem estava com saudades e com dores agudas na palma da mão assim como eu. Mas o obvio que eu não enxergava era a improbabilidade disto acontecer. - Oi. O que você está fazendo aqui? - Vim te ver, estava com saudades.. - Como sabe que eu iria chegar hoje? - Mentiras têm pernas curtas Richard, o destino está ao meu favor. Sorri descaradamente.  Adentrei-me um pouco mais á seu quarto e o encarei. Queria conversar com ele, mas era impossível com seu primo ali. E acho que ele também percebeu isso, porque logo foi dizendo: - Ow, dá licença pra mim e pra Sophie aqui, nós precisamos conversar a sós. Amanhã nos falamos? - Tá bom cara. Até amanhã então. E saiu, mostrei meus dentes mais uma vez. No meio de seu quarto havia uma bicicleta de fazer ginástica e como sua cama estava uma bagunça foi o único local que tive para me aconchegar. Jogamos conversa

A casa dos fundos

Boa noite. Só queria comunicar que nos finais de semana, não irei postar no blogger. Porque como estou trabalhando e estudando durante a semana, resolvo todos os assuntos pessoais no final de semana, então fico sem determinado tempo livre. Porém, todas as segundas e terças postarei duas páginas para recompensar, como de costume. Espero arduamente a compreensão de vocês. Aproveitando, preciso deixar um "PS" anotando á vocês que história a partir de agora, entrará  em um êxtase envolvente, o que vem por aí é angustiante, violento e dramático . Porém, toda história tem final feliz, mas e essa? Qual será que vai ter? Ainda essa semana estréia o "Capítulo III - Fragmentação"   .  Relembrando o logan.. " No começo tudo parece um mar de rosas, mas depois você descobre que toda rosa tem espinhos ". Eternamente grata, pelos olhares curiosos e intactos que permanecem aqui. A sede de leitura de vocês, enchem minha caixinha inspiradora. Nayara Vieira.

A casa dos fundos.

Página 68. - Fala logo, não me deixe nessa agonia. - A primeira coisa é que eu conversei com a Anny, e ela disse que tudo bem. Te espera as 20h na casa dela. - Sério? Ah! Que ótimo! - Mas.. - Tinha que ter um mas. - Calma! O único "mas" é que você terá que ir embora as 9h00 porque o irmão dela acorda 09h30 e você só poderá voltar pra lá as 06h00 porque é o horário da mãe dela sair do serviço. - Isso é ótimo. Tenho até ás 06h00 pra tentar recuperar meu Richard de volta! Ah.. E o vídeo? Entregou pro Avô dele? - Então, o Avô dele não estava, portanto, deixei com o primo dele. - É, estava perfeito demais pra ser verdade. O primo dele não vai muito com a minha cara, duvido que entregue. Mas agora é hora de fazer ‘figuinhas’ né? - Calma! Pensamento positivo amiga! - Nossa! Você é um anjo, nem sei como te agradecer. - Amigas são pra isso! - Eu to aqui pra tudo! Pode contar comigo! - Eu sei. Bom, então até mais tarde na casa da Anny. - Até Mí. TuTuTuTuTuTuTuTuTuTuTu